com tua instantânea solidão e falta de amor
me magoa que eu não te queira e tu me queres
insulta tua falta de saber não saber
tua presença infla o ego
eu sei que vens e sentes, e olhas ultrajada.
por que me buscas assim, anonimamente?
aquilo que tiveste, passou e já se vai
aquilo que é meu, tenho e aqui está
fazes parte de algo que doeu e nem ao menos dói mais.
tudo passa como brisa de outono
como a fúria de uma chinchila
toda a destruição é pouca
me toca saber que antes eu era rival
agora estou no pedestal
e me idolatras, me segues, persegues...
sim, tu lês, buscas e esquadrinhas...
desejando quem sabe ver fotos, rostos
ouvir vozes, sentir o cheiro.
perguntar houvesse sido normal.
sabes de mim o que precisas saber
nem mais, nem ontem.
sabes de mim o hoje,
tu sabes de mim, suor.
pensas espertezas sinceridades e destrezas
ousas e já não tens controle do impulso curioso
curioso e infantil
teu amor por mim,
o reflexo de amar quem é amado por aquele que já não nos ama
amar o objeto de amor, maior do que fomos
daquele a quem amamos (no passado ou presente)
sorver com admiração alguma seiva, algum deslize
algum escape que mostre
onde vão as pessoas que caminham depressa?
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