sábado, abril 24, 2010

Venho sempre...

Você vem sempre por quê?
Por que é feio e sabe?
Por que é lindo e ninguém sabe?
Porque é flácido e nota?
Por que é gordo mas se acha sexy?
Por que solidão dói e quer fazer de conta que não?
Por que quer aprender a ser melhor pra ser pior todo dia??

Comece assim: Reze, arrume-se, emagreça, ou não, como for mais cômodo, trate-se, você já deve ter ouvido de alguém, um remedinho pode fazer maravilhas e nós todos viveremos mais felizes. Ou mais infelizes se esse for nosso lema. Durma até mais tarde, caminhe no parque, deite-se na cama com vontade. Transe com desconhecidos, compre um vibrador e faça sexo anal interracial, de preferência se você for branco. Assuma seu valor. Não esqueça, ele não é tão grande. Ninguém é insubstituível, mas muitas coisas passam e muitas coisas sempre vão passar. Ninguém tem o poder de destruir o encontro de duas almas. O poder que a gente tem é resolver ou não sofrer. Eu escolhi não. Foi e é uma jornada difícil, mas não vai me abalar.
Aquele que passou, que machucou, que rompeu, aquele por quem passamos machucamos e rompemos. A questão não é sermos orgulhosos, mas termos orgulho. As pessoas tem capacidade de escolher com quem querem permanecer e de quem querem se separar. Você tem que assumir riscos. As pessoas que passaram foram.

Tudo o que você lê aqui é ficcional. Você não vai encontrar fotos e fatos.

As únicas coisas reais são: o guarda chuva, o Johnny Depp (não, é bom demais pra ser verdade), Ogum e todas essas coisas, e quem escreveu foi a Dolores. E ela também não é real.
É preciso entender, é preciso deixar de querer racionalizar. É preciso esquecer.
Viver a história como se ela fosse terminar sem final, começar sem enredo. É preciso se despir, crescer. Quem sabe casar. Dizer a verdade sempre. Omitir às vezes e mentir jamais. Menos ainda se for para si mesmo.
Não disputo e nem roubo marido de ninguém. Não preciso tenho o meu e deu!
Precisando mesmo saber quem eu sou, eu sou uma beesha. Gay pride ruuulez.

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